Aos poetas



Pobres poetas, morreriam sozinhos. Todos os amavam, mas ninguém os tinham. Eles se doavam com uma imensidão, que causava desastre, repulsa em qualquer coração. Ninguém estava preparado para aguentar, era amor além da conta, ninguém conseguia suportar. Amavam por um, por dois, depois amavam por todos. Eu não conseguia entender. Como era possível tanto amor em um único ser? Comecei a escrever para assim os lembrar. Queria a memória deles eternizar. Pois cometerem um único crime, o crime de amar. E desse crime quero morrer, porque outra não consigo ser.

Elen Abreu

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