Minha flor murchou


Dói..dói todos os dias.
Há horas que parece que não vou aguentar
Permaneço muda, apática, sendo devorada por ela que me sucumbi
As vezes nada mais parece existir, quando ela encosta em mim e exala.
Feito faca pontiaguda me maltrata, apunhalando dia a pós dia o que me mata.

O maldito insisti em bater, eu não sei mais o que fazer
Euforia
Desgraça
Meu corpo não consigo ver, essa vida não pareço viver
Vejo meu filme dolorido que se passa diante dos meus olhos já tão úmidos, mas agora tão secos.
Como se eu tivesse de uma forma finalmente aprendido
A secar, secar nos amor e palavras.
O meu rio esvazou
Minha flor murchou
Nada mais tem graça

Se parar para pensar realmente nunca teve, era minha ilusão que durava segundos, minha felicidade era cronometrada, era só o agora, não tinha outro dia, não tinha retorno, eu sempre morria no sufoco.

Caminhando pelos buracos que insisto em cavar, só me perco mais
Só afundo mais
E a dor parece que era meu respirar, meus olhos, meu sorriso, meu corpo já cansado, minha voz e pele.
Já não me encontrava mais
Perdida entre me ser e sentir
Sentindo no corpo
Pagando cada milimetro que era habitar essa terra doentia

Eu era apenas uma das poucas garotas que ainda acreditava e com a  gente o universo
não conspirava a favor.

Fechava os olhos, me concentrava na minha única amiga eterna e verdadeira, essa mesma que me doía o peito.
Ou era ela, ou era eu.

Não tinha mais espaço, estava tudo bem apertado.
Eu disse Adeus
Não doeu tanto
Sabe aquele dor que de tanto doer adormece?
Não, não queria saber.

Só faço tenho um pedido a fazer: não magoe ninguém!

Realmente cicatrizes são caminhos sem volta.

Eu não queria acreditar.

Elen Abreu


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